Serra do Amolar no Pantanal. Foto: Patrícia Zerlotti
Em tempos de mundo globalizado, crescimento da China, era do álcool, valorização da água, queda do dólar, consumo natalino, copa de 2014, trânsito... surge a oportunidade e o privilégio de visitar o Pantanal sul-mato-grossense.
Foram 20 horas de barco, subindo o rio Paraguai, para chegar a primeira parada, na Serra do Amolar, a 206 KM do nosso ponto de partida, o município de Corumbá, MS. Esta é a segunda vez que visito o Pantanal, a sensação de conhecer o ambiente pantaneiro é bem diferente de visitar as cidades pantaneiras, que também possuem características únicas.
Estas reflexões não foram feitas durante a viagem, pois no meio do Pantanal, realmente, não tem como ficar pensando em tudo e mais um pouco. Sem telefone, celular, internet e TV o momento é propício para observar e curtir as paisagens e as estrelas.
Entretanto, ao retornar para cidade, relatórios, trânsito, enchentes... Não teve jeito, a realidade veio a tona e os pensamentos voltaram, mas desta vez tudo estava relacionado com o Pantanal. O primeiro a despertar foi a necessidade de conservar este riquíssimo bioma. Sei que não é novidade para ninguém, mas percebi, ao voltar do Pantanal, que o sentimento havia se renovado e fortalecido. Não sei se porque fiquei mais sensibilizada ou porque as ameaças estão cada vez mais latentes!
Seguindo o raciocínio, me veio a mente o quanto é frágil este sistema de áreas úmidas que é regido pelas águas e que qualquer interferência pode ser crucial. Então, para a preocupação aumentar, tem as ações antrópicas, que acontecem no planalto da bacia e também na própria planície pantaneira. São desmatamentos, assoreamentos dos rios, pequenas centrais hidrelétricas, siderúrgicas, hidrovia e muitos outros.
Neste momento de reflexão não poderia esquecer as famílias ribeirinhas, pessoas humildes, sofridas e praticamente abandonadas. É importante ressaltar a diferença entre a população ribeirinha e os pequenos proprietários, que detêm mais recursos e consequentemente uma moradia melhor - nem por isso menos resistente - mas que também têm um papel fundamental na conservação do ambiente e da cultura pantaneira.
Porém, o que mais me chama atenção não são as necessidades dessa população ribeirinha, mas sim algo que eles têm e quase todos que moram na cidade não têm. É tempo para viver a vida como ela deve ser. Hoje vivemos correndo para o trabalho, para faculdade, escola, casa, amigos, família sem tempo de aproveitar cada emoção proporcionada pela vida. Até quando suportaremos este ritmo e até quando teremos lugares como o Pantanal que proporciona momentos de tranqüilidade e reflexão?
Veja mais informações e as fotos da viagem no site www.ecoa.org.br
19 November 2007
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1 comment:
Bom dia! gostaria de enviar um release oficial sobre o I forum internacional de energia renovavel e sustentabilidade do Brasil, o Eco Power,eee.ecopowerbrasil.com.br| como posso entrar em contato?
Aguardo resposta, obrigada
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